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Negócio de cloud cresceu três dígitos na companhia no ano passado, mas as licenças de software ainda são maior fonte de receita.

São Paulo – A computação em nuvem continua sendo um motor de crescimento para a SAP em todo o mundo, mas especialmente no Brasil.

De acordo com a empresa, esse nicho de negócio cresceu três dígitos no país em 2016 frente ao ano anterior.

“O cloud demorou para deslanchar por aqui, mas veio para ficar. Esse é um caminho sem volta”, comenta Cristina Palmaka, presidente da operação local da companhia.

Em números absolutos, porém, as licenças de software ainda são a maior fonte de faturamento.

A SAP não abre dados regionais, mas, globalmente, as vendas de soluções em nuvem chegaram a 2,99 bilhões de euros, crescimento de 31% ante 2015. Já as de software somaram 14,43 bilhões de euros, aumento de apenas 3%.

“Como o avanço da nuvem vai ser sempre mais acelerado, uma hora a receita recorrente vai ser maior nessa frente. Estamos trabalhando para entender em que momento isso acontecerá”, afirma Cristina.

Para Claudio Muruzábal, presidente da empresa para América Latina e Caribe, o desempenho é explicado por uma série de motivos.

O primeiro, e mais óbvio, é que a gama de produtos com opção em nuvem está cada vez mais ampla e com preços mais atrativos.

O segundo é que a implementação dessas ferramentas não depende de Capex (investimento na compra de bens), só é preciso arcar com o custo de operação, e as empresas do país estão com acesso restrito a recursos devido às dificuldades econômicas.

O terceiro, na visão do executivo, é que elas trazem resultado rápido.

“O negócio de cloud cresceu a duplo dígito em todos os trimestres de 2016 na América Latina. E deve continuar assim”, diz.

Por produto

A categoria “nuvem” concentra uma série de produtos. No ano passado, alguns deles foram mais vendidos que outros no Brasil.

Tiveram destaque a SAP HANA, plataforma de big data que processa informações em tempo real, e a Ariba, de gestão de fornecedores.

O Itaú foi um dos grandes clientes que contrataram ambas as ferramentas.

“O segmento financeiro sempre foi meio arredio à nuvem, mas agora está quebrando paradigmas. Isso só mostra que existe uma tendência”, diz Cristina Palmaka.

O faturamento global da companhia chegou a 22,0 bilhões de euros em 2016, um crescimento anual de 6%. Já o lucro líquido atingiu 3,6 bilhões de euros, um salto de 18%.

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